A Linha
Piet Mondrian
Por Dilva Frazão
Piet Mondrian (1872-1944) foi um pintor holandês que despontou no começo do século XX e sua obra virou um símbolo poderoso da modernidade.
Pieter Cornelis Mondrian, conhecido como Piet Mondrian, nasceu em Amersfoort, Holanda, no dia 7 de março de 1872. Filho de um pastor cresceu em um ambiente extremamente religioso.
Em 1892 ingressou na Academia Real de Artes de Amsterdam. Quando era iniciante pintava paisagens, mas já revelava uma inquietação peculiar ao moldar a natureza, os moinhos e as igrejas com uma visão geométrica do mundo.
Suas obras mais antigas seguiram o estilo da Escola de Haia e dos impressionistas de Amsterdam. Por volta de 1909 começou a pintar em um estilo mais abstrato. Ao longo dos anos, objetos e paisagens foram se decompondo em traços básicos. Para Mondrian o mínimo era o máximo. “Na natureza, a superfície das coisas é bela, mas sua imitação é sem vida”, dizia ele.
A Igreja de Domburg (1910)
Em 1911, Piet Mondrian foi para Paris onde manteve contato com os artistas abstracionistas e cubistas, entre eles, Pablo Picasso e Georges Braque, que foram abstraindo uma figura até que desaparecesse.
Durante a Primeira Guerra Mundial retornou para a Holanda, onde conheceu o artista Theo van Doesburg um dos fundadores do movimento holandês “De Stijl” (O Estilo). Ele e seus companheiros do grupo holandês trabalhavam com formas geométricas abstratas.
Na base da pintura de Mondrian estava uma utopia de fundo religioso. Ele era entusiasta da Teosofia - doutrina esotérica criada pela russa Madame Blavatsky. Como fruto da filosofia humanista e espiritual sincrética extraiu a noção de que por baixo da matéria, uma engrenagem básica constituiria a essência do mundo.
Ao abraçar a abstração continuou pintando flores, símbolo universal feminino para a Teosofia (também as pintava porque ninguém comprava suas telas abstratas).
As composições clássicas com quadrados e retângulos delimitados por linhas pretas só surgiram quando o artista estava perto dos 50 anos. Ele rompera com os colegas do De Stijl por não aceitar a adoção de linhas diagonais.
No estilo radical de Piet Mondrian só tinha lugar os traços horizontais e verticais. Na paleta de tintas, apenas as cores primárias - o vermelho, o azul e o amarelo, mais o preto e o branco, como na tela "Composição II em Vermelho, Azul e Amarelo" (1930):
Depois de residir vários anos em Paris e Londres, em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, mudou-se para Nova York, onde se permitia ouvir jazz e boogie-woogie e transpôs para a tela o andamento urbano e o ritmo agitado desses gêneros.
Piet Mondrian faleceu em Manhattan, em Nova York, Estados Unidos, no dia 1 de janeiro de 1944.
Outras obras de Piet Mondrian
Árvores à Luz da Lua (1908)
A Árvore Vermelha (1908)
Copo de Leite (1909)
O Moinho Vermelho (1910)
A Árvore Cinzenta (1911)
Macieira em Flor (1912)
Composição com Cores B (1917)
Composição em Tabuleiro com Cores Claras (1919)
Composição em Vermelho, Amarelo e Azul (1921)
Composição A (1923)
Composição em Amarelo (1930)
Composição n. 10 (1942)
Broadway Boogie-Woogie (1942)
Disponível em: www.ebiografia.com
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