HISTÓRIA - 8º ANO - REVISÃO DO 7º - O CONCEITO DE MODERNIDADE E O EUROCENTRISMO
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O conceito de modernidade e o eurocentrismo – História – 7º ano – Ensino Fundamental
IDADE MODERNA – Por Rainer Sousa
Ao pensar em modernidade, muitas pessoas logo imaginam que estamos fazendo referência aos acontecimentos, instituições e formas de agir presente no Mundo Contemporâneo. De fato, esse termo se transformou em palavra fácil para muitos daqueles que tentam definir em uma única palavra o mundo que vivemos. Contudo, não podemos pensar que esse contexto mais dinâmico e mutante surgiu do nada, que não possua uma historicidade.
Entre os séculos XVI e XVIII, um volume extraordinário de transformações estabeleceu uma nova percepção de mundo, que ainda pulsa em nossos tempos. Encurtar distâncias, desvendar a natureza, lançar em mares nunca antes navegados foram apenas uma das poucas realizações que definem esse período histórico. De fato, as percepções do tempo e do espaço, antes tão extensas e progressivas, ganharam uma sensação mais intensa e volátil.
O processo de formação das monarquias nacionais pode ser um dos mais interessantes exemplos que nos revela tal feição. Nesse curto espaço de quase quatro séculos, os reis europeus assistiram à consumação de seu poder hegemônico, bem como experimentaram as várias revoluções liberais defensoras da divisão do poder político e da ampliação dos meios de intervenção política. Tronos e parlamentos fizeram uma curiosa ciranda em apenas um piscar de olhos.
Além disso, se hoje tanto se fala em tecnologia e globalização, não podemos refutar a ligação intrínseca entre esses dois fenômenos e a Idade Moderna. O advento das Grandes Navegações, além de contribuir para o acúmulo de capitais na Europa, também foi importante para que a dinâmica de um comércio de natureza intercontinental viesse a acontecer. Com isso, as ações econômicas tomadas em um lugar passariam a repercutir em outras parcelas do planeta.
No século XVIII, o espírito investigativo dos cientistas e filósofos iluministas catapultou a busca pelo conhecimento em patamares nunca antes observados. Não por acaso, o desenvolvimento de novas máquinas e instrumentos desenvolveram em território britânico o advento da Revolução Industrial. Em pouco tempo, a mentalidade econômica de empresários, consumidores, operários e patrões fixaram mudanças que são sentidas até nos dias de hoje.
Em um primeiro olhar, a Idade Moderna pode parecer um tanto confusa por conta da fluidez dos vários fatos históricos que se afixam e, logo em seguida, se reconfiguram. Apesar disso, dialogando com eventos mais específicos, é possível balizar as medidas que fazem essa ponte entre os tempos contemporâneo e moderno. Basta contar com um pouco do tempo… aquele mesmo que parece ser tão volátil nesse instigante período histórico.
Disponível em: https://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna Acesso em: 27 de out de 2020.
Por que “moderno”?
Características do Estado moderno
História em construção
Apesar de se identificar com o “novo”, propondo uma ruptura com o passado medieval, a modernidade foi construída com base em elementos da Antiguidade Clássica, como a racionalidade, a valorização do indivíduo, o resgate da noção de cidadania, entre outros. Não há um debate aberto entre historiadores que defendem que as transformações na Europa causaram um rompimento com as estruturas feudais, enquanto outros afirmam que as permanências feudais provocaram uma “longa Idade Média”. Isso demonstra que a História está em construção e há interpretações diversas nem sempre consensuais. O conceito de modernidade foi construído em torno de processos ocorridos na Europa, portanto, não pode ser universalizável, permanecendo-se restrito à realidade dos povos europeus.
Fonte: https://portal.educacao.go.gov.br/fundamental_dois/a-construcao-da-ideia-de-modernidade-e-seus-impactos-na-concepcao-de-historia-7o-ano-atividade-1-1o-corte/ <acesso em 12/04/2021>
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